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Volvidos 20 anos desde 1996, quando o Porto foi oficialmente reconhecido como Património da UNESCO a cidade foi palco de grandes eventos, capital europeia da cultura e sede de um europeu de futebol, entre outros.
Esta designação atribuída pressionou a classe política a reabilitar o centro histórico e a respeitar o passado e as marcas que a história deixou na cidade, bem como ajudas internacionais para essa reabilitação ser possível.
Entre 1990 e 1999, a divulgação do Porto foi feita junto de algumas entidades internacionais para conseguir, através de uma medida europeia, pacote Delors, investimentos para, por exemplo, recuperar uma zona abandonada e degradada a Viela do Anjo em pleno centro histórico.
Jacques Delors, presidente da Comissão Europeia, veio ao Porto e visitou esse quarteirão.
Dois anos após o estatuto da UNESCO, o Porto recebeu a Cimeira Ibero-Americana, um evento que juntou 21 países e trouxe Fidel Castro pela primeira vez ao Porto, foram várias as consequências positivas para a cidade, como a recuperação da Alfândega do Porto, que era um edifício vazio e a cair, se transformasse num museu de transportes e num centro de congressos.
Dois anos após a cimeira, a Capital Europeia da Cultura em 2001, fez com que, a par do grande projeto da Casa da Música e da divulgação cultural, a cidade se comprometesse a de cuidar dos seus espaços culturais.
Houve uma série de estruturas a merecer reabilitação: o Teatro Rivoli, o Coliseu, o Teatro Nacional de São João, o Teatro do Campo Alegre, entre outros.
A Biblioteca Municipal Almeida Garrett nasce nesta altura e as ruas do centro histórico, Clérigos e envolventes, Rua do Almada, Rua de Sá da Bandeira, caminhos do Romântico e D. Pedro V, foram revitalizadas.
Houve ainda tempo para Portugal ser o país anfitrião do Campeonato Europeu de Futebol, em 2004. O maior evento desportivo realizado pelo país não deixou a cidade indiferente: reabilitou-se a zona das Antas e inaugurou-se o Estádio do Dragão.
Ao mesmo tempo foi criada a SRU (Sociedade de Reabilitação Urbana), em 2004, e atuou em várias partes da cidade e do centro histórico, como as Cardosas, Carlos Alberto, D. João I e Clérigos.
Mudou a atitude das pessoas face à zona histórica do Porto, que foi estruturada e melhorada; as mudanças procuraram facilitar a vida às pessoas e elas próprias tornaram-se um motor de mudança na cidade.