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O Reservatório da Mãe D'Água das Amoreiras, que marca o fim do Aqueduto das Águas Livres, grandiosa obra de arquitetura de há dois séculos atrás, da autoria do húngaro Carlos Mardel é hoje em dia um belo espaço subterrâneo em Lisboa. Amplo e bem iluminado, é palco de exposições, concertos e até peças de teatro. sugerindo o seu interior a planta de uma igreja estilo salão, o que lhe confere uma atmosfera sacra. Após a morte de Carlos Mardel, em 1763, o reservatório final do Aqueduto, iniciado em 1746, ainda estava por concluir. A obra foi retomada, em 1771, por Reinaldo Manuel dos Santos, que introduziu algumas modificações ao plano inicial.
Ao centro há um tanque com capacidade para mais de cinco mil litros de água A água das nascentes jorra da boca de um golfinho sobre uma cascata, construída com pedra transportada das nascentes do Aqueduto das Águas Livres, e converge para o tanque de sete metros e meio de profundidade, que apresenta uma capacidade de 5.500 m3. Do tanque emergem quatro colunas que sustentam um teto de abóbadas de aresta que, por sua vez, suporta o magnífico terraço panorâmico sobre a cidade de Lisboa.
A cisterna conheceu três plantas, apresentando um projecto inicial cuja implantação incluía mais três arcos prolongando o edifício até ao norte do Largo do Rato.
As principais alterações ao projecto sentiram-se na cobertura do edifício, na cascata e na substituição das quatro colunas toscanas, projectadas por Mardel, por quatro robustos pilares quadrangulares.
A obra do reservatório, apesar de ter sido várias vezes retomada, mesmo após a morte de Reinaldo dos Santos, em 1791, só viu terminado o remate da cobertura e mais alguns pormenores em 1834, já durante no reinado de D. Maria II.
Na parte ocidental deste reservatório encontra-se a Casa do Registo, onde eram controlados os caudais de água que partiam para os chafarizes, fábricas, conventos e casas nobres.
O Museu da Água promove e dinamiza visitas livres e guiadas ao Reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras.