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Sexta-feira, 15.07.16

Almas Gémeas (original)

O Sol acariciava o nosso corpo enquanto o marulhar suave das ondas nos embalava.
Deitados naquela praia maravilhosa, trocávamos palavras mágicas misturadas com beijos doces e longos.
Estava de novo nos seus braços fortes, quis abraçá-lo com mais intensidade e… de repente, acordei!
Sensação terrível que acabou com aqueles momentos tão belos em que tive de volta o meu amor.
No fim de um dia, com o cansaço instalado, acabei por adormecer, tendo sido transportada para o paraíso.
Depois do abalo da separação me ter desnorteado por completo, encontrava nos meus afazeres profissionais e de casa uma fuga para o estado de tristeza e abandono em que me encontrava.
Tentava levar o meu dia-a-dia mas as recordações teimavam em acompanhar-me e os fins-de-semana eram pródigos nessa constatação.
Ao cabo de muitas perguntas feitas a mim própria com poucas ou nenhumas respostas válidas, tentei esquecê-lo, mas em vão.
Com um romance vivido intensamente no passado, resistia a tirá-lo do coração e da minha vida.
“O coração tem razões que a razão desconhece”, é uma frase lapidar que fui escutando ao longo da vida, e que se adapta a mim na íntegra.
Falamos nas ocasiões que o calendário nos impõe, não há Natal, aniversário e Fim de Ano que não nos contactemos e, com palavras especiais, continuamos a transmitir o quanto somos importantes um para o outro.
De certa forma o romance continua e jamais acabará, de tal modo a sua génese é infinita e imortal, agora numa dimensão mais espiritual e, mesmo à distância, há qualquer força muito intensa e grandiosa que nos impele um para o outro.
Começo a perceber que, mesmo antes de nos encontrarmos nesta galáxia, já o tínhamos feito noutro plano, tal a sintonia de ambos.
Acredito que somos dois seres que já estariam predestinados a encontrar-se tal a força anímica que nos envolve.
Sendo uma pessoa a quem a espiritualidade diz muito, estou mesmo a tentar aperfeiçoar-me nessa matéria, encontro aí as motivações para defender todas as teorias que sustento.
E como não há limite para o sonho, vou imaginando como seria bom acabar os meus dias a seu lado.
Encontrar um grande amor é uma bênção que não está ao alcance da maioria,dos mortais, vivê-lo até ao fim da existência é a suprema felicidade.
Já não vejo pessoalmente o meu amor faz bastante tempo, o tempo suficiente para não aguentar as saudades e ir alimentando a minha fantasia com os tais sonhos…

Nesses momentos de evasão o meu espírito vai voando para onde a minha imaginação me leva, transportando alguns episódios do passado e projetando outros para o futuro.
Futuro, palavra mágica mas perturbadora que nos convida a fantasiar ocasiões e procedimentos, tentando adaptá-los sempre aos nossos desejos mais íntimos.
No que respeita ao amor a razão fica sempre a perder, queremos de qualquer forma arranjar pretextos e criar situações que nos sejam particularmente agradáveis; desde tempos imemoriais que a mente humana funciona assim.
Mas como ninguém foge ao destino, assim o creio, vou ficando pelo caminho das minhas divagações, encontrando nelas o lenitivo para as saudades e o desconforto emocional que me persegue.
Quando a caminhada é longa, com muitos desenganos à mistura, vamos aperfeiçoando o nosso poder de encaixe a tudo o que nos é adverso e aceitando o que acontece… porque disso não podemos fugir.
Sempre acreditei e ainda continuo a crer que nascemos com um destino do qual não é possível fugir.

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por palavrasesentidos às 16:40


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