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O mais terrível não é termos nosso coração partido mas corrermos o risco de o transformar em pedra.
Há 46 anos que guardo no coração o maior amor da minha vida, aquele que nos acompanha pela vida fora, nada mais triste do que vivermos um luto de uma pessoa que está viva.
Esse desgosto tem vindo a minar-me e, embora haja tempos de alguma alegria, a maior parte dessa alegria abandonou-me quando esse amor saiu da minha vida de forma inesperada. Involuntariamente dou por mim a recordar tempos vividos e sobretudo a perguntar-me porque aconteceu isto?
Apesar de tudo desejo que a vida lhe sorria e que nunca tenha que passar por uma situação semelhante.
Neste Domingo lindo, 8 de Outubro, fui com a minha amiga de sempre e o meu filho fazer um almoco a bordo de um catamaran, onde degustamos uns belos mexilhões e a famosa Paella muito bem regada com um vinho branco ótimo. A sobremesa foi toucinho do céu e para finalizar um copinho de Baileys.
A música foi uma companhia constante, muito bem escolhida, que nos fez recordar tempos passados. A risota imperou na nossa mesa, pois as companhias eram agradáveis. Por fim houve uns passitos de dança, pelo nosso lado, esses foram dados no convés com toda a boa disposição que o momento exigia.
O tempo estava ótimo, o sol brindou-nos com a sua presença, em suma foi um dia em cheio.
Dali partimos para La Toja onde demos uma volta aos sítios mais marcantes, a fábrica de sabonetes e a Capela das Conchas
Quando se comemorava o 6º aniversário da implementação da República em Portugal, foi inaugurado no Porto o magnífico edifício da estação central dos caminhos de ferro, São Bento, ao início da tarde, de quinta-feira, 5 de outubro de 1916, feriado nacional. Amultidão enchia a praça de Almeida Garrett, no meio da qual se encontravam as principais autoridades militares e civis da cidade. Os oradores manifestaram o seu regozijo pela boa conclusão das obras e pela inauguração da estação central que representava uma obra de arte grandiosa para a cidade, mas também pelas linhas arquitetónicas da autoria de José Marques da Silva e das suas decorações artíticas. Seguiu-se a execução de A Portuguesa pela banda da Guarda Nacional Republicana. As portas foram abertas e a enorme multidão irrompeu pelo vestíbulo dentro.
Os magníficos quadros cénicos compostos pelos 20 mil azulejos da autoria de Jorge Colaço que forram por completo as paredes do vestíbulo. ocupando uma superfície total de 551 metros quadrados, incluem painés representando cenas históricas: o torneio de Arcos de Valdevez, de 1140; a apresentação de Egas Moniz ao rei de Leão; a entrada triunfal de D. João I e D. Filipa da Lencastre no Porto, em 1386; a conquista de Ceuta, em 1415. Há ainda cenas campestres e etnográficas: a procissão da Nossa Senhora dos Remédios, em Lamego; a romaria de São Torcato, em Guimarães; a vindima; a feira do gado; o transporte do vinho num barco rabelo, no Douro. No topo, podemos ainda admirar um friso multicolor evocativo da história da viação nacional, desde os primórdios até à chegada do primeiro comboio a Braga.
O enorme edifício de Marques da Silva veio ocupar o local onde, durante praticamente quatro séculos, esteve implantado o convento feminino de São Bento de Ave-Maria, erguido inicialmente por iniciativa do rei D. Manuel I.
O caminho de ferro tinha já alcançado Vila Nova de Gaia em 1864, mas foi preciso esperar mais treze anos para, graças à conclusão da ponte Maria Pia, o comboio chegar finalmente à cidade do Porto. Mas a estação ficava em Campanhã, na época um arrabalde distante do centro. No final do século XIX, por Campanhã passavam anualmente 750 mil passageiros e 600 mil toneladas de mercadorias. Era preciso evitar que pessoas e mercadorias tivessem de empreender a desconfortável deslocação até ao centro da cidade, razão pela qual o projeto do aumento da linha férrea foi confiado ao engenheiro belga, radicado em Portugal, Jean-Baptiste Hippolyte de Baère. O local do antigo convento, com uma área de 16 mil metros quadrados, era ideal para o estabelecimento da nova gare central, obra estimada em 720 contos de réis.
A funcionar há 100 anos, e embora a rede de metro cubra grande parte da cidade, São Bento constitui hoje uma alternativa eficaz na ligação entre a Baixa e Campanhã. No entanto, para além da sua utilidade prática enquanto estação de comboios, a beleza do edífico de Marques da Silva, enriquecido pelos azulejos de Jorge Colaço, tem atraído turistas de todo o mundo. Planos recentemente anunciados dão-nos conta do intenção de vir aí a instalar também um hotel e áreas comerciais e culturais, procurando dar um novo uso a antigos armazéns desocupados. Tais iniciativas contribuirão, certamente, para aumentar a frequência deste espaço tão emblemático da cidade do Porto.