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Sábado, 31.12.16

Perdas em 2016 (original)

...  "e aqueles que por obras valerosas se vão da lei da morte libertando"... como diz o grande Camões, nos Lusíadas, todas as pessoas que nos deixaram durante 2016 legaram-nos obra feita, figuras muito ilustres da religião, televisão, cinema, desporto, música, foi um autêntico ceifar de vidas, algumas delas ainda com muito para nos dar e deliciar. Destaco, por ser o último, Georges Michael, que sem fazer prever a partida, nos deixa assim de repente. Fiz uma pequena lista dos GRANDES que este ano partiram mas como são grandes permanecerão vivos nas obras deixadas.

A todos eles presto a minha homengem, ficamos sem dúvida mais empobrecidos.

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por palavrasesentidos às 07:37

Sábado, 24.12.16

César Mourão & Miguel Araújo - Será Amor ou falta de chocolate

 

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por palavrasesentidos às 07:54

Sexta-feira, 23.12.16

Lotaria

Tenho a certeza de que a maioria das pessoas em todo o mundo estarão a sonhar com a taluda, ou mesmo com um prémio menor, mas que lhes pudesse proporcionar a realização de sonhos adiados. Dizem que a sorte só bate uma vez à porta, mas o melhor é insistir...
Em Portugal, as lotarias foram lançadas por D. Pedro II por dificuldades económicas no seu reinado (1683-1706), mas, só em 1946 surgiu de maneira permanente e oficial e foi organizada a Loteria Nacional Portuguesa, cujos lucros, de acordo com a tradição, revertem para a Santa Casa e outras instituições de beneficência.
No reinado de D. Maria I, e ainda por dificuldades financeiras, a Mesa da Santa Casa da Misericórdia solicita a permissão de constituir uma lotaria anual. A Rainha D. Maria I, por decreto de 18 de Novembro de 1783, outorga a concessão de uma lotaria anual à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Os lucros, seriam repartidos em partes iguais, pelo Hospital Real, pelos Expostos e pela Academia Real das Ciências.
Os primeiros bilhetes da Lotaria Nacional foram impressos em 1784. A sua numeração foi feita à mão pelo tesoureiro da Santa Casa.
As extrações da lotaria passaram a ter a designação de Lotaria Nacional Portuguesa, e o monopólio da venda de bilhetes fora entregue à Companhia Aliança de Lotarias que, não podendo cumprir os compromissos assumidos com o Estado, levou à rescisão do contrato de concessão, em 6 de Abril de 1893. Por decreto dessa data, as Lotarias passaram a designar-se, novamente, de Lotarias da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Em 1939, fixou-se definitivamente a designação de Lotaria Nacional Portuguesa
Hoje em dia a Santa Casa tem vários jogos que todos conhecemos, EuroMilhões, Totoloto, Totobola, Loto 2, Joker, Lotaria Clássica, Lotaria Popular e Lotaria Instantânea.
A falsificação ou viciação de bilhetes da Lotaria incorre em penalidades idênticas às aplicadas às notas do Banco de Portugal.
BOA SORTE

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por palavrasesentidos às 10:33

Quinta-feira, 22.12.16

Palácio dos Carrancas


A  oficina de fabrico de galões de ouro e seda  e o palácio da família Moraes e Castro, prósperos negociantes com a alcunha carrancas,  foram contruídos no séc. XVIII. A sua arquitetura é da autoria de Joaquim da Costa Lima Sampaio, que trabalhou na construção do Hospital de Santo António . É constituído por quatro zonas essenciais, a zona nobre em forma de U, com três pisos e águas furtadas; as galerias de um único piso que prolongam o palácio e são ligadas por uma outra transversal, o pátio central fechado, e um espaço nas traseiras delimitado pelo muro paralelo à fachada.
Não são  conhecidas as razões da extravagante denominação do palácio, que, segundo alguns autores, resulta do facto da família ter anteriormente residido na Rua do Carranca ou dos Carrancas, actual Rua de Alberto Aires de Gouveia, enquanto outros apontam o facto para deriva da alcunha que tinha sido atribuída a Luís de Almeida Morais, e que teria passado para os restantes membros da família. O Palácio dos Carrancas está associado a alguns dos mais relevantes acontecimentos políticos registados na cidade do Porto durante a primeira metade do século XIX. Aquando da segunda invasão napoleónica, serviu de quartel-general a Soult,
Alguns anos mais tarde, no período da guerra civil entre liberais e absolutistas (1832-34), nomeadamente durante o cerco do Porto, o palácio serviu durante algum tempo de residência e quartel-general a D. Pedro IV, que foi obrigado a transferir-se para uma casa na Rua de Cedofeita, situada num local mais seguro, e que lhe permitia refugiar-se da metralha com que, a partir de Vila Nova de Gaia, os miguelistas flagelavam a cidade.
D, Pedro V adquiriu-o, em 1861 para alojar os reis que visitavam o país. Apesar do edifício necessitar de obras, não teve grandes alterações, com exceção das instalações da antiga fábrica.
Quando não havia visitas reais, o palácio estava vazio, situação que se agravou com a implementação da república em 1910.
Em 1915, por testamento, D. Manuel II entregou o palácio à Santa Casa da Misericórdia para que se transformasse em hospital. Mais tarde o estado comprou o edifício à misericórdia para aí instalar o Museu Nacional de Soares dos Reis, inaugurado em 1942.
O museu sofre uma profunda remodelação e expande-se em 1992, com projeto do arquiteto Fernando Távora, que se concluiu em 2011.
Hoje em dia o museu tem uma participação ativa na vida cultural do Porto, com inúmeras exposições e eventos diversos.

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por palavrasesentidos às 17:09

Quarta-feira, 21.12.16

"Os amarelos" da minha memória (original)

Como sou antiga, meu Deus!!!! ainda permanecem na minha memória os elétricos da minha infância e adolescência, como eram simpáticos e românticos os "amarelos" como eram conhecidos, na gíria, os elétricos no Porto.
A rede de eléctricos, existe desde 1895, e é explorada pelos STCP.
Este meio de transporte é constituído por duas plataformas, a da frente e a de trás, separadas pelo corpo do veículo com duas filas de assentos, que são viradas em sentido contrário no fim da linha.
Na plataforma dianteira, encontra-se o  guarda freio que conduz o elétrico manualmente numa espécie de leme metálico que vai girando para as manobras de condução.
O elétrico passeava-se pelas ruas, enquanto o seu som tão caraterístico, "tim-tim" se fazia ouvir ao passar, como que a chamar os passageiros.
O cobrador, devidamente fardado e com uma saca castanha a tiracolo, ia vendendo os bilhetes, de várias cores conforme as zonas, branco, azul, amarelo, lilás e preços que variavam com os percursos a fazer, obliterando-os com um alicate que geralmente lhe pendia dos dedos, e algumas vezes para fazer andar o elétrico, batia com o alicate nas pegas metálicas dos assentos que serviam para os passageiros se agarrarem. Este "pica" como também era conhecido, está hoje lembrado na belíssima canção do antónio zambujo, o pica do 7, que tão bem o retrata.
Recordo 4 linhas que eram as mais usadas por mim, geralmente no tempo da praia:
1 - Matosinhos (via marginal)
15 - Antas
16 - Matosinhos
17 - Foz
entrava numa paragem que se situava na praça da batalha e saía onde hoje fica a famosa rede, anémona, em matosinhos.

No final do dia era vê-los alinhadinhos na estação de recolha da boavista, onde hoje se encontra a casa da música, para recomeçar tudo no dia seguinte.

Os exemplares mais antigos e objetos relacionados, podem visitar-se no museu do carro elétrico em massarelos.

Hoje em dia, ainda há algumas linhas a funcionar, essencialmente para servir os turistas que nos visitam; não é "para inglês ver" mas "para passear". 

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por palavrasesentidos às 02:49

Terça-feira, 20.12.16

Foz do Douro

Como portuense de gema, nascida e criada, não posso deixar de falar da zona ocidental da cidade, a foz do douro, conhecida por ser uma zona muito bonita. Local privilegiado onde o rio se reúne ao oceano, com o seu passeio marítimo orlado de belas moradias, bonitas e modernas esplanadas, que mercê do nosso clima, funcionam durante a maior parte do tempo, bares e jardins, sendo um local movimentado dia e noite.
Tem sido retratada em muitas obras de artistas ao longo do tempo, e está classificada como património natural municipal pelo seu complexo metamórfico, sendo criado em 2005 o passeio geológico da  foz do douro como maneira de preservar e divulgar este conjunto de rochas de enorme valor científico e pedagógico.
Do seu património arquitetónico, realço  a capela-farol de s. miguel-o-anjo, situada na cantareira, que funcionou como  um farol primitivo, classificado  como imóvel de interesse público,e cais do marégrafo, que, como indica o nome, é um instrumento destinado a verificar o fluxo e intensidade das marés. Quanto ao lugar onde estaria situada a luz do farol, o edifício não mostra o mais leve sinal; segundo alguns, era no interior da torre, em frente à vidraça da janela da parede oeste, hoje tapada pelo edifício da guarda fiscal, que estava posta a candeia que alumiava o farol.

O forte de são joão batista foi o primeiro edifício puramente renascentista em Portugal, com uma torre quadrangular em cantaria de granito encimada por uma cúpula de tijolo com oito gomos que formam uma pequena abóbada caiada de branco com uma grade de ferro, que substitui a balaustrada primitiva e que se apoia numa cornija lavrada. No início do séc. XIX durante a guerra peninsular a 6 de Junho de 1808, as suas instalações foram ocupadas e, na madrugada seguinte, foi hasteada no seu mastro a bandeira das quinas, primeiro ato de reação portuguesa contra a ocupação das tropas napoleónicas. No século XX foi residência da poetisa florbela espanca, esposa de um dos oficiais da guarnição.

A igreja matriz da foz do douro, surgiu no final do segundo quartel do século XVII, em consequência das obras efetuadas no forte de são joão da foz, que alteraram o normal funcionamento da igreja matriz situada no seu interior, seis capelas colaterais e capela-mor, todas com retábulos de talha dourada. Na fachada, o portal emoldurado e rematado por frontão circular interrompido é encimado por um nicho onde se exibe a imagem de são joão batista. Nos nichos laterais figuraram, outrora, as imagens de são bento e santa escolástica. O alçado termina em frontão circular e cruz de pedra, ladeado pelas torres sineiras.

foz do douro, tão visitada por mim, onde vou amiúde retemperar as minhas energias e lavar a alma.

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por palavrasesentidos às 18:28

Sábado, 17.12.16

Ano Novo

Ano Novo é o momento em que um  ano civil começa e quando um novo calendário anual é iniciado. Em muitas culturas pelo mundo fora, o evento é comemorado na véspera da data. O ano novo do calendário gregoriano começa a 1 de janeiro, dia do ano novo, assim como no calendário romano. A comemoração ocidental tem origem num decreto do imperador romano júlio césar, que fixou o 1 de janeiro como o dia do ano novo em 46 a.C. Os romanos dedicavam esse dia a jano, o deus dos portões. O mês de janeiro deriva do nome de jano, que tinha duas faces sendo, portanto, bifronte, uma voltada para a frente, visualizando o futuro e a outra para trás, visualizando o passado. O povo romano era politeísta, ou seja, adorava vários deuses diferentes, e não existe nenhum relato de que o povo judeu que viveu nessa mesma época tenha comemorado o ano novo, nem que os primeiros cristãos o tenham feito também.

As pessoas no início do ano estão ávidas por saber o que os 12 meses que aí se iniciam lhes trazem, daí a situação de consultar tarólogos e afins se repetir faz muito tempo.
Através da hora do nascimento e do trânsito dos planetas que a regeram, ascendente do signo de cada um e mais uns tantos conhecimentos, faz-se o respetivo mapa astral, dando uma perspetiva de como o ano irá ser sob o ponto de vista do amor, saúde e dinheiro, que são, sem dúvida, as questões que mais preocupam e afetam o ser humano.
Mas, o que se sobrepõe a tudo isto é, sem dúvida, a forma como nos situamos na vida e perante ela.
Desejo a todos  um 2017 pleno de realizações pessoais e profissionais.

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por palavrasesentidos às 18:18

Quinta-feira, 15.12.16

Joaquim Sarmento - 100 anos de vida

 

Como antiga funcionária da Faculdade de Engenharia, com gratas recordações na minha memória e tendo conhecimento desta notícia não posso deixar de prestar a minha homenagem a um homem que fez ontem 100 anos e foi um grande engenheiro com obra marcante na cidade do Porto e uma referência em Portugal.

Algumas obras são disso prova, como o antigo Estádio das Antas, as igrejas das Antas e Nossa Senhora da Conceição, mercados do Bom Sucesso e Matosinhos, bem como muitas outras, como fábricas, escolas, pontes e barragens.
Nascido no Porto no dia 15 de Dezembro de 1916 onde ainda vive, foi ainda nesta cidade, na FEUP, que se licenciou em 1939 com 17 valores que fez uma longa carreira como foi autor de livros e ensaios, ensinando disciplinas fundamentais da engenharia como Resistência de Materiais e Estruturas de Betão Armado. Depois de exercer os mais altos cargos jubilou-se em 1986.

Já arredado da prática profissional, em 2003 foi o primeiro engenheiro português a ser distinguido com o Prémio Leonardo Da Vinci, pela Sociedade Europeia para o Ensino da Engenharia (SEFI).

Mais um portuense que nos enche de orgulho.

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por palavrasesentidos às 16:31

Quarta-feira, 14.12.16

Beatriz Ângelo

Médica Cirurgiã, Carolina Beatriz Ângelo nasceu em 1877, na Guarda, cidade onde realizou os seus estudos liceais. Acabado este período, ingressou nas Escolas Politécnica e Médico-Cirúrgica, em Lisboa, onde terminou o curso de medicina em 1902. Numa época em que era impensável uma mulher distinguir-se neste meio, onde a cirurgia era a essência da masculinidade, ela foi a primeira mulher portuguesa a operar no Hospital de São José, sob a direção de Sabino Maria Teixeira Coelho. Trabalhou ainda no Hospital de Rilhafoles, sob a orientação de Miguel Bombarda, e dedicou-se à Ginecologia, com consultório na baixa lisboeta. A sua atividade profissional foi conciliada com uma intervenção política e social intensa e marcante de feminista. Foi uma das principais ativistas da sua época, defensora dos direitos das mulheres, tendo lutado por causas como a sua emancipação, o direito ao divórcio, instrução das crianças e de direitos iguais para homens e mulheres.  Em 1909 funda a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas.

Depois da implantação da República, esteve envolvida na fundação da Associação de Propaganda Feminista, em Maio de 1911. Esta associação que dirigiu, projetou a criação de uma escola de enfermagem, mais uma manifestação da emancipação das mulheres. 

Beatriz Ângelo foi também a primeira mulher a votar em Portugal.  O facto de trabalhar, ser viúva e ter a seu cargo uma filha, permitiram que lutasse pela defesa do seu direito. Votou em Lisboa, em 28 de Maio de 1911, para eleição dos deputados da Assembleia Constituinte, ato amplamente noticiado em Portugal e felicitado em diversos países do mundo pelas associações feministas. Em 1913, a lei eleitoral portuguesa foi alterada, consagrando o direito de voto a cidadãos portugueses do sexo masculino.

Beatriz Ângelo foi sem dúvida uma mulher marcante na história portuguesa, com um percurso interrompido pela sua morte prematura. Morreu aos 33 anos, em 3 de Outubro de 1911.

O seu nome foi atribuído a um edifício público da área da saúde, mais precisamente um hospital, pretendendo-se homenagear, pela primeira vez, uma mulher médica, que teve também uma intervenção política e social intensa e marcante na sua época.

O nome de Beatriz Ângelo associado a um edifício público tem, em Loures, um simbolismo particular, uma vez que  a causa republicana teve nesta cidade uma expressão de relevo, chegando mesmo a implantação da república a ser proclamada no dia 4 de Outubro de 1910, véspera do que aconteceu em Lisboa e no resto do país. O Hospital Beatriz Ângelo é um hospital multivalente integrado no Serviço Nacional de Saúde.

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por palavrasesentidos às 14:13

Quarta-feira, 14.12.16

Johann Strauss - Morgenblätter

 

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