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O coração que D. Pedro IV, Rei de Portugal e Imperador do Brasil, doou ao Porto, está guardado a cinco chaves, na Igreja da Lapa, no Porto desde 1837 sendo precisas seis pessoas para chegar ao relicário que o guarda, envolvendo uma complexa operação, como aconteceu em 2009.
O “Rei Soldado” morreu em Queluz em Setembro de 1834 e o seu coração chegou ao Porto em Fevereiro de 1835. Foi doado à cidade como gratidão pela resistência do Porto na luta das forças liberais contra as tropas absolutistas de D. Miguel, irmão de D. Pedro IV.
A grande empatia e gratidão que sentia pelo Porto, leva-o, logo após a vitória liberal, a honrar a cidade com a sua visita. O período de permanência na urbe (26 de Julho a 6 de Agosto) foi preenchido por diversas cerimónias civis, religiosas e militares. Destaca-se a entrega das chaves da cidade, pelo Presidente da Câmara, à Rainha. A cerimónia terminava com uma oração de graças e um "Te Deum", na Igreja da Lapa.
Em 14 de Janeiro de 1837, um decreto redigido por Almeida Garrett e assinado pela rainha D. Maria II, adicionava novos elementos às Armas do Porto; este acontecimento determinava que "as armas sejam esquarteladas com as do reino e tenham ao centro, num escudete de púrpura o coração de oiro de D.Pedro, sobrepojadas por uma coroa de duque, tendo por timbre o dragão negro das antigas armas dos senhores reis destes reinos, e junte aos seus títulos o de Invicta."
Foi este o último sinal de reconhecimento do monarca pelo esforço dos portuenses, ao serviço do país.