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O perfume é uma mistura de óleos essenciais aromáticos, álcool e água, utilizado para proporcionar um agradável e duradouro aroma principalmente, ao corpo humano. Seu nome deriva do latim per fumum, e significa através da fumaça.
A arte da feitura de perfumes começou no Egito por volta de 2.000 AC. Os primeiros clientes foram os faraós e os membros importantes da corte, logo, o uso do perfume difundiu-se, num agradável toque de frescor.
A necessidade de contar com essências refrescantes tornou-se tão fundamental que a primeira greve da história da humanidade foi protagonizada pelos soldados do faraó Seti I, que pararam de fornecer unguentos aromáticos. Pouco depois, coube ao faraó Ramsés II enfrentar uma revolta de peões em Tebas, que estavam indignados com a escassez de rações de comida e de unguentos.
O químico árabe, Al-Kindi (Alkindus), escreveu no século IX um livro sobre perfumes chamado Livro da Química de Perfumes e Destilados, que continha centenas de receitas de óleos de fragrâncias, salves, águas aromáticas. O livro também descrevia cento e sete métodos e receitas para a perfumaria, inclusivé alguns dos instrumentos usados na produção de perfumes, que ainda hoje conservam denominações árabes, como alambique.
O médico e o químico persas Muslim e Avicenna introduziram o processo de extração de óleos de flores através da destilação, o processo mais comumente utilizado hoje em dia. As primeiras experiências foram com as rosas. Até descobrirem perfumes líquidos, feitos de mistura de óleo e ervas ou pétalas amassadas, que resultavam numa mistura forte. A água de rosas era mais delicada, e logo se tornou popular. Ambos os ingredientes experimentais e a tecnologia da destilação influenciaram a perfumaria ocidental e desenvolvimentos científicos, principalmente na química.
A partir de Espanha, foi introduzido em toda a Europa a indústria dos perfumes durante o Renascimento. Foi na França, a partir do século XIV, onde se cultivavam flores, que ocorreu o grande desenvolvimento da perfumaria, permanecendo desde então como o centro europeu de pesquisas e comércio de perfumes.
O perfumista usa a fantasia e o nariz, (internacionalmente designado por nose), para criar fragrâncias marcantes, que podem reunir até 300 matérias-primas. É capaz de distinguir mais de 3 mil cheiros e consegue combiná-los numa quantidade ilimitada de fórmulas. A força de um perfume depende da concentração de extrato aromático e das matérias-primas usadas em sua composição. Transformar esse mix em sucesso está nas mãos dessa categoria restrita e valiosa de profissionais, que ganha salários astronómicos para desenvolver essências sob encomenda. O bom nariz desenvolve-se desde a infância. Existe uma ligação muito forte entre as coisas que acontecem durante a vida e os cheiros que acompanham a vivência
A força de um perfume depende, essencialmente da concentração de matérias-primas utilizadas. Do ponto de vista técnico, consiste na mistura de vários ingredientes voláteis dissolvidos em álcool, que se espalham no ar em temperaturas normais. Pela origem, a palavra perfume aplica-se somente ao tipo de composição que contém a mais alta proporção de extrato aromático, com o menor teor de álcool possível. As outras combinações quase sempre levam um pouco de água na fórmula. Essa concentração, portanto, é um fator determinante na nomenclatura. É comum ouvir falar em fragrâncias com forte ou fraco poder de fixação, ou seja que persistem ou não, por várias horas. Mas o efeito não é mérito de um agente fixador, como há quem acredite. Na verdade, a fixação deve-se às notas de base ou de fundo; são ingredientes mais densos e persistentes, capazes de atuar na composição, de modo a proporcionar uma difusão mais lenta.
Os perfumes foram desde sempre um complemento de embelezamento na toilette, especialmente para as mulheres.