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Os avós têm um impacto enorme na vida dos netos, o bem mais precioso nas suas vidas, que os amam acima de tudo e de todos, de maneira diferente do que amaram o próprios filhos pois encontram-se numa fase de vida mais disponível e sem a responsabilidade do aspeto educativo, que tiveram outrora.
Para as crianças que têm a sorte de com eles conviver, é uma bênção, as duas gerações completam-
-se de tal forma que se tornam inseparáveis.
Da minha experiência pessoal, a minha avó era a minha confidente, a minha companheira, que estava sempre ali para me escutar e dar atenção; falava-lhe das minhas aventuras amorosas na adolescência como se fosse uma amiga da minha idade.
Dormíamos no mesmo quarto, em camas separadas, mas a meio da noite, metia-me na dela para aquele aconchego que só ela sabia dar-me. E em dias de tempestade ou trovoada, o meu medo era tal, que logo pulava para o seu lado e lá permanecíamos muito abraçadas, era o meu porto de abrigo nessas ocasiões.
Quando faleceu, muito velhinha, eu já era mulher feita e ainda conheceu os bisnetos.
Num estudo realizado, feito pela Universidade de Basileia, na Suiça, ficou provado que os avós que convivem com os netos vivem mais tempo.
O estudo que envolveu 500 investigadores, chegou à conclusão que o apoio emocional que dão aos netos aumenta a sua esperança de vida.
Compreende-se perfeitamente que assim seja, numa fase mais adiantada das nossas vidas ter o privilégio de conviver com seres tão maravilhosos como são as crianças e jovens só pode trazer muita alegria e saúde, é um benefício mútuo.
Lamento não ter essa vivência, que ia adorar.
Estas duas palavras nada têm a ver uma com a outra; há pessoas com muito pouca instrução, no sentido académico da palavra, mas pelo seu comportamento demonstram ter uma educação primorosa.
Fui educada a dizer "obrigada, "desculpe", "com licença" e a respeitar familiares, especialmente os seniores. Também fui ensinada que quando me ofereciam alimentos de que não gostava, não o deveria dizer mas sim, comer em menor quantidade, hoje estes procedimentos já não se "usam" e as pessoas confundem liberdade com libertinagem e entendem que ser bem educado é ser subserviente.
Quase diariamente assistimos a crianças, desde a mais tenra idade a "mandar" nos pais e uns anos mais tarde a maltratar professores e superiores.
Quantas vezes na rua, depois de levar um encontrão, que quase muda o rumo da minha caminhada, verifico que a pessoa em questão nem se dá conta, e pedir desculpa nem pensar.
Nos autocarros é muito frequente ver crianças muito pequenas a impor a sua vontade às mães, que são quem mais acompanha os filhos nestas situações, e posso mesmo citar um caso que presenciei cuja filha de 3 ou 4 anos aproximadamente, se sentou num lugar e depois da mãe a tentar colocar no colo, ela não deixou e continuou sentada com um ar triunfante, sob o olhar complacente da progenitora.
O mundo evolui ao segundo, tecnicamente falando, mas quanto a educação, ou falta dela, há muito para falar.
Triste sinal dos tempos, estamos na era VALE TUDO.