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La Bohème
Je vous parle d'un temps
Que les moins de vingt ans
Ne peuvent pas connaître
Montmartre en ce temps-là
Accrochait ses lilas
Jusque sous nos fenêtres
Et si l'humble garni
Qui nous servait de nid
Ne payait pas de mine
C'est là qu'on s'est connu
Moi qui criait famine
Et toi qui posais nue
La bohème, la bohème
Ça voulait dire on est heureux
La bohème, la bohème
Nous ne mangions qu'un jour sur deux
Dans les cafés voisins
Nous étions quelques-uns
Qui attendions la gloire
Et bien que miséreux
Avec le ventre creux
Nous ne cessions d'y croire
Et quand quelque bistro
Contre un bon repas chaud
Nous prenait une toile
Nous récitions des vers
Groupés autour du poêle
En oubliant l'hiver
La bohème, la bohème
Ça voulait dire tu es jolie
La bohème, la bohème
Et nous avions tous du génie
Souvent il m'arrivait
Devant mon chevalet
De passer des nuits blanches
Retouchant le dessin
De la ligne d'un sein
Du galbe d'une hanche
Et ce n'est qu'au matin
Qu'on s'assayait enfin
Devant un café-crème
Epuisés mais ravis
Fallait-il que l'on s'aime
Et qu'on aime la vie
La bohème, la bohème
Ça voulait dire on a vingt ans
La bohème, la bohème
Et nous vivions de l'air du temps
Quand au hasard des jours
Je m'en vais faire un tour
A mon ancienne adresse
Je ne reconnais plus
Ni les murs, ni les rues
Qui ont vu ma jeunesse
En haut d'un escalier
Je cherche l'atelier
Dont plus rien ne subsiste
Dans son nouveau décor
Montmartre semble triste
Et les lilas sont morts
La bohème, la bohème
On était jeunes, on était fous
La bohème, la bohème
Ça ne veut plus rien dire du tout
Se eu voar sem saber onde vou
se eu andar sem conhecer quem sou
se eu falar e a voz soar com a manhã
eu sei...
(chorus)
se eu beber dessa luz que apaga
a noite em mim
e se um dia eu disser
que já não quero estar aqui
só Deus sabe o que virá
só Deus sabe o que será
não há outro que conhece
tudo o que acontece em mim
se a tristeza é mais profunda que a dor
se este dia já não tem sabor
e no pensar que tudo isto já pensei
eu sei...
(chorus)
se eu beber dessa luz que apaga
a noite em mim
e se um dia eu disser
que já não quero estar aqui
na incerteza de saber
o que fazer, o que querer
mesmo sem nunca pensar
que um dia o vá expressar
não há outro que conhece
tudo o que acontece em mim
A Estrada da Circunvalação é uma via fundamental para a cidade do Porto. Na maior parte do seu percurso serve de fronteira terrestre entre o Porto e os concelhos de Matosinhos, Maia e Gondomar com a designação oficial de EN12, sendo considerada a mais perigosa do país, onde se registam inúmeros acidentes com vítimas.
O Porto está cercado, exceto na parte oriental, por uma estrada dupla, a Estrada da Circunvalação que tem uma origem e traçado militares; a placa central era originalmente um fosso, com 2 a 3 metros de profundidade, e com postos de sentinela a cada 150 metros.
Construída no séc. XIX, servia como barreira alfandegária, para taxação dos bens de consumo que entravam no Porto. Existiam ao longo dela, nas estradas de acesso à cidade, 13 edifícios onde os funcionários da Coroa, do Bispado e do Município estavam instalados e cobravam as taxas que se destinavam a financiar as obras de abastecimento de água às cidades, e finalmente da extinção, em 1943, dos impostos municipais indirectos. Hoje em dia éxistem ainda alguns desses edifícios, como o do Viso, da Vilarinha, da Preciosa e Vila Cova.
Acabou assim um sistema tributário com cerca de 800 anos, progressivamente substituído por um tipo de imposto que se vai vulgarizando universalmente, o IVA. Estes edifícios são as testemunhas silenciosas desse período.
Este tipo de portagens, ou cobrança de imposto, faziam-se por Portugal inteiro, a que chamavam o Real de Água; esta designação foi aplicada pela primeira vez a um tributo pago pelos moradores da cidade de Elvas, para a construção da grande arcaria que levava a água à cidade. Mais tarde, idêntica denominação generalizou-se ao imposto sobre a carne, peixe e o vinho, a que em ocasiões de crise se recorreu em diversas terras do País.
A Circunvalção atravessa o Monte dos Burgos, zona dormitório e muito populacional. Burgo provem da fusão de palavras gregas e germânicas que significam, pequeno castelo e praça fortificada, respetivamente. O termo surge em Portugal vindo de França, no sentido de arrabalde ou lugar pequeno, junto de uma cidade, vila, mosteiro ou catedral. Aparece ainda com outras formas, como Burgo, Burgueiros, Burguesia, Burgueta ou Burguetoiras, mas poderá ter uma outra origem, muito mais simples e lógica, sendo que burgo é nome popular atribuído aos seixos que existem em grande quantidade no leito e nas margens do vizinho rio Leça.