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Quinta-feira, 02.03.17

Casa do Infante

A Casa do Infante comemora no dia 4 de Março os 617 anos do nascimento do Infante D. Henrique, na cidade do Porto.
1.º duque de Viseu e 1.º senhor da Covilhã foi um infante português e a mais importante figura do início da era das descobertas, popularmente conhecido como Infante de Sagres ou O Navegador. Os seus restos mortais encontram-se no Mosteiro da Batalha.     
Quinto filho de João I de Portugal, fundador da Dinastia de Avis, e de Dona Filipa de Lencastre.
Em 1414, convenceu seu pai a montar a campanha para a conquista de Ceuta, na costa norte africana, junto ao estreito de Gibraltar. A cidade foi conquistada em Agosto de 1415, assegurando ao reino de Portugal o controlo das rotas marítimas de comércio entre o Atlântico e o Oriente. Na ocasião foi armado cavaleiro e recebeu os títulos de Senhor da Covilhã e duque de Viseu.
Em 25 de Maio de 1420, D. Henrique foi nomeado Grão-Mestre da Ordem de Cristo, titular em Portugal do património da Ordem dos Templários, cargo que deteve até ao fim da vida. No que respeita ao seu interesse na exploração do oceano Atlântico, o cargo e os recursos da ordem foram decisivos ao longo da década de 1440.
Em 1427, os seus navegadores descobriram as primeiras ilhas dos Açores, possivelmente Gonçalo Velho. Estas ilhas desabitadas foram posteriormente povoadas pelos portugueses.

Até à época do Infante D. Henrique, o cabo Bojador era para os europeus o ponto conhecido mais meridional na costa de África. Gil Eanes, que comandou uma das expedições, foi o primeiro a ultrapassá-lo, eliminando os medos então vigentes quanto ao desconhecido que para lá do cabo se encontraria.
Aquando da morte de D. João I, o seu filho mais velho e irmão de D. Henrique, D. Duarte, subiu ao trono, e entregou a este um quinto de todos os proveitos comerciais com as zonas descobertas bem como o direito de explorar além do cabo Bojador.
A Casa do Infante, ou Casa da Rua da Alfândega Velha é um museu e um dos edifícios mais antigos da cidade do Porto.  É tradicionalmente tida como o local de nascimento do Infante D. Henrique, patrono dos descobrimentos portugueses. Trata-se de um conjunto edificado que ocupa uma extensa área da zona ribeirinha do Porto, que foi sofrendo sucessivas alterações ao longo dos tempos.
O rei D. Afonso IV mandou construir neste local o "almazém" régio, contra a vontade do bispo, então senhor do burgo. Assim nasceu a Alfândega do Porto, para onde eram encaminhadas todas as mercadorias que aportavam à cidade, a fim de ser cobrado o respectivo imposto.
O edifício primitivo era constituído por duas altas torres e um pátio central, cuja localização ainda se pode identificar. Os pisos mais elevados da torre norte funcionavam como local de habitação. O desenvolvimento comercial refletiu-se na progressiva monumentalização do edifício alfandegário. Logo no século XV, D. João I mandou construir um corpo avançado, cujo pórtico rematava por um lintel com uma inscrição e um nicho onde estava a imagem da Virgem, protetora das alfândegas.
A oriente do edifício principal havia um amplo recinto, onde funcionava a Casa da Moeda, cujas origens remontam também ao século XIV. Nas imediações foram-se concentrando outros importantes serviços da Coroa, como a Contadoria da Fazenda e o Paço dos Tabeliães.
A construção do cais de desembarque e a abertura da então Rua Nova, hoje Rua do Infante D. Henrique, são consequência deste desenvolvimento e desempenharam um papel fundamental no ordenamento urbanístico da zona ribeirinha. Aí se localizavam também a Bolsa dos Comerciantes e numerosas casas de oficiais régios e de gente abastada da cidade.

 

300px-Casa_do_Infante_(Porto).jpgcasa.png

 

Painel_Infante_D_Henrique.jpg

 

 

 

 

 

 

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