Audi, um cão husky siberiano, escapou de casa para "abraçar" Messy, um labrador de uma casa vizinha. Os dois já comunicavam à distância, mas foi com o "abraço" que selaram a amizade. Messy costumava ficar em casa só enquanto os donos trabalhavam e o Audi ladrava para o acalmar, o que conseguia.
Linda história de uma amizade verdadeira, que é uma lição para nós racionais.
Ontem, domingo, fui visitar e almoçar na Quinta da Avessada em Favaios. no coração do douro vinhateiro. Embora conheça bastante bem toda aquela região, onde passei a minha infância e adolescência na época das vindimas, visto os meus pais terem uma propriedade muito perto, foi muito bom recordar e avivar a minha memória. Tudo me era muito familiar, desde as belas paisagens aos usos e costumes tão bem retratados e com tanto rigor. A receção foi à boa maneira daquela gente, ao toque da concertina, seguido de imediato pela degustação de um cálice de favaios e a bola tradicional a acompanhar. De seguida, visitei a adega e a enoteca, onde a par da projeção de slides inerentes à faina das vindimas, desde a apanha das uvas ao pisar das mesmas nos lagares, com bonecos animados representando esse trabalho, obedecendo à voz do capataz; todo o processo foi ali descrito na exatidão. Passei à enoteca, onde o néctar dos néctares, o famoso vinho do porto, nosso embaixador pelo mundo inteiro, está guardado em pipas, algumas com 30 anos e mais, um verdadeiro tesouro. Por fim degustei um almoço típico, ao ar livre, tendo como pano de fundo os vinhedos, com uma sopa feita num pote de três pés, vinhos de mesa de Favaios, carne assada e sobremesa a preceito, a deliciosa pera bêbeda e o leite creme queimado. Depois deste manjar e de um acolhimento principesco por parte dos donos, iniciei a vigem de regresso, passando pelo Pinhão, com a sua maravilhosa estação revestida a azulejos, património da Unesco e ainda revisitei a Régua. Apesar do calor que se fazia sentir, mais ou menos 40º adorei este passeio e recomendo-o.
Os ovos moles de Aveiro que fazem parte da doçaria conventual tão conceituada e apreciada no nosso país, contam com pelo menos 500 anos de existência, desde a sua criação no extinto Convento de Jesus. Hoje fala-se na sua candidatura à Unesco, com o apoio da Universidade de Aveiro, a Confraria dos doces de ovos e a Câmara Municipal. Ficaríamos orgulhosos ao ver aumentada a longa lista de candidaturas portuguesas a património imaterial da Unesco, tanto mais que este doce comporta toda a potencialidade para ser considerado; a sua receita tem passado de geração em geração, sem registo escrito, daí haver as condições necessárias para a dita candidatura que foi pensada já em 2015. Assim sendo, Portugal e Aveiro em particular, terão mais um produto que fará as delícias de muita gente.
Na época de Verão, com as praias repletas de gente, e numa altura em que o plástico invade o nosso dia a dia, uma grande quantidade acaba por ir parar ao oceano, a poluição é tão grande que se prevê que, no ano de 2050, haja mais plástico nos mares do que peixes; absolutamente assustador, tendo em conta que, infelizmente, muita gente continua a fazer do mar lixeira. As correntes marinhas arrastam o lixo de plástico por todo o planeta e os animais marinhos confundem-no com alimento. À medida que o plástico se degrada vai dando origem a pequenos fragmentos muito difíceis de detetar mas que estão já a entrar na cadeia alimentar, incluindo a nossa.
Todos nós podemos fazer a diferença, para que menos plástico acabe por ir parar ao oceano. Conheça os efeitos do plástico nos ecossistemas marinhos, numa exposição realizada pelo Aquário Nacional da Dinamarca e pela ONG PLastic Change, conta com o apoio da Comissão Europeia. A mostra chega a Lisboa, onde ficará até 15 de Agosto.
A partir da antiga e já desmantelada Fonte de S. Domingos, propõe-se a análise de um dos maiores símbolos da invicta, o dragão. Patente nos mais diversos monumentos do Porto, desde medalhões, emblemas e elementos decorativos, é a representação do espírito de luta, invencibilidade e reconhecimento por parte de D. Pedro IV pelo papel que o Porto teve nas lutas liberais, particularmente no seu Cerco 1832-1833.
Todo este historial vai ser debatido por um historiador do Museu do Futebol Clube do Porto e uma especialista em arte pública, analisando os diferentes aspetos apaixonantes que este objeto apresenta.
Hoje resolvi fazer uma arrumação ao meu baú, ou melhor às minhas gavetas, emocionais e reais. que me trouxeram à memória tantas lembranças do tempo em que fui muitíssimo feliz no seio de uma família onde eu, filha única, era a detentora dos mimos de todos os seus membros, incluindo os meus avós. Tanta vida passada, experiências, encontros e desencontros, perdas, enfim tudo o que faz parte da Vida foi ali passado em revista deixando-me nos olhos lágrimas que teimavam em cair. 70 anos nos separam, miúda.
O Jardim de São Lázaro é o mais antigo jardim municipal da cidade do Porto. Inaugurado em 1834, fresco e frondoso, tem conceção romântica, onde se destacam imponentes tílias, o coreto e exemplares escultóricos a que não será alheia a proximidade da Escola Superior de Belas Artes. Integrada no gradeamento que o delimita a norte, encontra-se uma fonte retirada da sacristia do extinto convento de São Domingos. A nascente está a Biblioteca Pública Municipal do Porto e, a sul, a magnífica fachada barroca do antigo convento de São Lázaro, atribuído a Nicolau Nasoni. Antes de ser jardim, esta zona era já conhecida por São Lázaro por aí existir uma gafaria do início do séc. XVI, acabando por ser demolida no séc. XVIII. Neste icónico jardim, Camilo Castelo Branco recebeu das mãos de D. Pedro II a comenda da Ordem da Rosa. Ponto de encontro de estudantes, de reformados e não só, São Lázaro é o primeiro jardim público da cidade e o único ainda envolvido por um gradeamento com quatro portões. De lamentar o facto de, hoje em dia, as pessoas que o frequentam não o desfrutem da melhor forma e não estejam em sintonia com a beleza do espaço.
Faz hoje 45 anos que chegaste à minha vida, e de novo experimentei a alegria de ser Mãe. Eras um miúdo vivaço, irrequieto, branco e louro, que fazias as delícias de toda a gente que contigo convivia. A nossa vida tem sido feita por caminhos, por vezes íngremes e difíceis de percorrer; mas os dois conseguimos encontrar atalhos que nos vão permitindo seguir em frente. És a minha companhia e somos o porto de abrigo um do outro. Neste teu dia quero lembrar-te que te amo. Parabéns meu filho.