Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Guilhermina Augusta Xavier de Medim Suggia, violoncelista portuguesa de renome internacional, nasceu no Porto a 27 de junho de 1885, e faleceu a 30 de julho de 1950 na mesma cidade.
A sua formação foi feita na Escola Superior de Música e Arte Dramática Félix Mendelssohn.
Foi a primeira mulher a tocar violoncelo ao mais alto nível e a fazer carreira. Não foi fácil na altura, pois o violoncelo era considerado um instrumento masculino; teve, por isso, de lutar contra esses preconceitos. Foi a sua personalidade e a sua música que acabaram por convencer o público
Os instrumentos que Suggia tocou ficaram para sempre conhecidos, legou os sete violoncelos a alunos e institutos, tendo os dois mais célebres, o Montagnana e o Stradivarius Suggia, sido vendidos para fundar os prémios com o seu nome, atribuídos anualmente a jovens violoncelistas, e garantir a sua formação.
A carreira internacional de Guilhermina Suggia também passou por Paris, onde foi o grande amor da vida de Pablo Casals, e numa biografia ele fala da importância de Suggia na sua vida. A residência onde o casal de músicos viveu, é conhecida como Villa Molitor
O piano que pertenceu a Guilhermina Suggia e foi comprado numa casa comercial do Porto, é um Franz Arnold de ¼ de cauda e serviu de instrumento de estudo e acompanhamento à violoncelista. Legou-o em 1950 a Ernestina da Silva Monteiro, que em 1972 o deixou a Maria Fernanda Wandschneider. O violoncelo em duo com piano, permite um diálogo peculiar. como os momentos de estreia das duas irmãs, Guilhermina e Virgínia, na Assembleia de Matosinhos e no Palácio de Cristal (1892) ou a última atuação da violoncelista em Aveiro (1950), acompanhada por Berta Alves de Sousa.