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Durante uma reportagem feita na época que atravessamos, num bazar, o meu imaginário de infância foi avivado ao olhar para todos aqueles brinquedos que me transportaram de imediato para as brincadeiras de então. Como a boneca que me acompanhou sempre e que recordo com saudade, de seu nome Juca, foi importante para mim, contava-lhe segredos, adormecia agarrada a ela, queria que estivesse sempre presente em toda e qualquer momento.
Tenho a certeza que as bonecas são, para as meninas, a primeira manifestação do instinto maternal.
À medida que focavam as imagens, via-me menina de novo e como foi boa essa sensação, não evitando que as lágrima aparecessem.
E o piano, tinha um igualzinho, que ao tocar me levava para tão longe, talvez a uma sala cheia onde num piano a sério fizesse as delícias de todos.
Sonhei uns instantes e revivi um passado.
Acabei de ouvir no Canal Memória, no programa do Júio Isidro, Inesquecível, e achei o máximo. Apeciem que vale a pena.
Poejo e Azeitona os rafeiros do alentejo, última aquisição do nosso Goucha
A julgar por esse teu olhar frio
Devo ter feito algum disparate
Ao chegar dei-te um carinho
E o meu mimo tu negaste
Eu fui pra cama sozinho
E acho que nem reparaste
Tendo em conta esta minha ausência,
Talvez o único motivo
Sim, passei a noite fora umas horas tinha dito
E agora nem almoças nem te vens deitar comigo
Eu confesso não entendo bem
O porquê de um castigo assim
Sabes que há muitas mulheres também
Que queriam ser o que és pra mim
Pois, então, peço desculpa
Por qualquer coisa que não fiz
Tendo em conta esse teu arrufo
É só o perdão que eu peço
Já pus leite no teu prato
E, sensato, me despeço
Se alguém compreende um gato compreende o universo
A maravilhosa música de Ravel
Nesta época de euforia, excessos e consumismo exagerado faço votos de que o Menino Jesus renasça no coração de cada um de nós. Feliz Natal
Paul Barton visitou o "Mundo dos Elefantes", que acolhe paquidermes vítimas de maus tratos ou na reforma após anos de trabalhos forçados a arrastar troncos de madeira e outros trabalhos pesados, na província de Kanchanaburi, Tailândia. Não diz quando, apenas escreve que esse momento foi uma epifania.
"Fiquei sensibilizado coma ideia de haver um lugar que acolhia elefantes velhos, magoados ou com deficiências após aos de trabalhos duros", escreve Paul Barton. "Fiz uma visita ao local com a minha mulher e pensei se estes animais não gostariam de ouvir música clássica", recorda, citado pela cadeia norte-americana de televisão, NBC.
Barton, de 57 anos, fez a proposta aos funcionários do "Mundo Elefante" e avançou. A primeira vez que tocou para os paquidermes, um elefante cego parou para o ouvir tocar Beethoven. "Estava frequentemente com dores e quero acreditar que a suavidade da música lhe dava algum conforto no meio da escuridão", diz Paul Barton.
Foi o primeiro elefante a interessar-se pela música, mas viria a morrer entretanto, de uma infeção. "Fiquei destroçado quando soube", recorda Paul Barton, que entretanto alargou o número de fãs. "Ampan, uma fêmea de 80 anos, gosta de ouvir Clair de Lune", do compositor francês Claude Debussy, enquanto Lam Duan, outro elefante cego da reserva, arrebita as orelhas com Bach.
Barton, um britânico natural de Yorkshire que abandonou as salas de concertos nos anos 90, acredita que a música ajuda a calmar os elefantes, amenizando a velhice destes animais, que passaram anos de trabalhos forçados nas florestas da Tailândia ou foram vítimas de abusos.