A quatro de Agosto de 1855, é inaugurado o Teatro Circo, um barracão de madeira, mandado construir por D. José Toudon Ferrer Catalon para a sua companhia equestre.
Em 1867 foi demolido para se fazer outro de pedra e cal, por sua vez substituído, dez anos depois, pelo edifício que chegou até aos nossos dias. Até à abertura da rua Sá da Bandeira, em finais de 1870, quando foi construída a sua fachada para aquela rua, o teatro tinha acesso apenas pela então rua de Santo António, por umas escadas que ainda existem. Por essa altura passou a chamar-se Teatro Circo do Príncipe Real.
Foi considerado o melhor teatro da cidade do Porto. Ali foram exibidas peças com Sarah Bernhardt, entre as quais A Dama das Camélias e Fedora; foi ali a primeira apresentação, no Porto, do Animatógrafo, do electricista Sr. Rousby em 17 Julho de 1896 e também ali, Aurélio da Paz dos Reis apresentou os primeiros filmes, realizados por um português.
Em Outubro de 1910, uma semana depois da implantação da República, passa a chamar-se Teatro Sá da Bandeira.
Um dos seus mais notáveis empresários foi Afonso Taveiro, que viria a morrer de apoplexia, em plena plateia do teatro, quando dirigia o ensaio geral da revista O dia de Juízo. Em 1909 surge o seu maior mentor, Arnaldo Moreira da Rocha Brito grande empresário deste teatro até à sua morte em 1970, completando 60 anos de gerência. Destaca-se este homem, uma figura típica pela sua excentricidade e elegância, por ter sido também o primeiro arrendatário do Coliseu do Porto gestão mantida durante 8 anos, saindo por não pactuar com o salazarismo de então. Foi um dos primeiros, senão o primeiro teatro do Porto, a usar iluminação elétrica em vez da iluminação a gás. Em Maio de 1899, quando ali se apresentou a Companhia de Teatro Nacional D. Maria II, de Lisboa, os cartazes anunciantes continham a indicação de que todos os espectáculos eram iluminados por luz elétrica, o que proporcionava aos espetadores uma temperatura agradável.
Em 23 de junho de 2017, foi anunciado que a Câmara Municipal do Porto ia comprar o Teatro Sá da Bandeira, um teatro de referência na vida pública da cidade e no meio artístico nacional.
Durante uma reportagem feita na época que atravessamos, num bazar, o meu imaginário de infância foi avivado ao olhar para todos aqueles brinquedos que me transportaram de imediato para as brincadeiras de então. Como a boneca que me acompanhou sempre e que recordo com saudade, de seu nome Juca, foi importante para mim, contava-lhe segredos, adormecia agarrada a ela, queria que estivesse sempre presente em toda e qualquer momento. Tenho a certeza que as bonecas são, para as meninas, a primeira manifestação do instinto maternal. À medida que focavam as imagens, via-me menina de novo e como foi boa essa sensação, não evitando que as lágrima aparecessem. E o piano, tinha um igualzinho, que ao tocar me levava para tão longe, talvez a uma sala cheia onde num piano a sério fizesse as delícias de todos.
Nesta época, a nível comercial, procede-se ao balanço do que se passou durante o ano que está a findar; verificam-se e atualizam-se stocks, fazem-se contas ao que se pretende manter ou modificar.
Na nossa vida pessoal acontece o mesmo, arrumam-se gavetas, deita-se fora o que já não presta, passamos em revista tudo o que nos sucedeu, fazemos planos para que a nossa atitude mude no novo ano: vamos fazer dieta, ginástica, poupar mais, enfim, não há modificação que não passe pela nossa cabeça. Contudo, na maior parte das vezes, ficamo-nos apenas pelo desejo.
Os meus votos vão no sentido de que possamos fazer jus ao ditado ANO NOVO VIDA NOVA.
Paul Barton visitou o "Mundo dos Elefantes", que acolhe paquidermes vítimas de maus tratos ou na reforma após anos de trabalhos forçados a arrastar troncos de madeira e outros trabalhos pesados, na província de Kanchanaburi, Tailândia. Não diz quando, apenas escreve que esse momento foi uma epifania.
"Fiquei sensibilizado coma ideia de haver um lugar que acolhia elefantes velhos, magoados ou com deficiências após aos de trabalhos duros", escreve Paul Barton. "Fiz uma visita ao local com a minha mulher e pensei se estes animais não gostariam de ouvir música clássica", recorda, citado pela cadeia norte-americana de televisão, NBC.
Barton, de 57 anos, fez a proposta aos funcionários do "Mundo Elefante" e avançou. A primeira vez que tocou para os paquidermes, um elefante cego parou para o ouvir tocar Beethoven. "Estava frequentemente com dores e quero acreditar que a suavidade da música lhe dava algum conforto no meio da escuridão", diz Paul Barton.
Foi o primeiro elefante a interessar-se pela música, mas viria a morrer entretanto, de uma infeção. "Fiquei destroçado quando soube", recorda Paul Barton, que entretanto alargou o número de fãs. "Ampan, uma fêmea de 80 anos, gosta de ouvir Clair de Lune", do compositor francês Claude Debussy, enquanto Lam Duan, outro elefante cego da reserva, arrebita as orelhas com Bach.
Barton, um britânico natural de Yorkshire que abandonou as salas de concertos nos anos 90, acredita que a música ajuda a calmar os elefantes, amenizando a velhice destes animais, que passaram anos de trabalhos forçados nas florestas da Tailândia ou foram vítimas de abusos.