Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Paul Barton visitou o "Mundo dos Elefantes", que acolhe paquidermes vítimas de maus tratos ou na reforma após anos de trabalhos forçados a arrastar troncos de madeira e outros trabalhos pesados, na província de Kanchanaburi, Tailândia. Não diz quando, apenas escreve que esse momento foi uma epifania.
"Fiquei sensibilizado coma ideia de haver um lugar que acolhia elefantes velhos, magoados ou com deficiências após aos de trabalhos duros", escreve Paul Barton. "Fiz uma visita ao local com a minha mulher e pensei se estes animais não gostariam de ouvir música clássica", recorda, citado pela cadeia norte-americana de televisão, NBC.
Barton, de 57 anos, fez a proposta aos funcionários do "Mundo Elefante" e avançou. A primeira vez que tocou para os paquidermes, um elefante cego parou para o ouvir tocar Beethoven. "Estava frequentemente com dores e quero acreditar que a suavidade da música lhe dava algum conforto no meio da escuridão", diz Paul Barton.
Foi o primeiro elefante a interessar-se pela música, mas viria a morrer entretanto, de uma infeção. "Fiquei destroçado quando soube", recorda Paul Barton, que entretanto alargou o número de fãs. "Ampan, uma fêmea de 80 anos, gosta de ouvir Clair de Lune", do compositor francês Claude Debussy, enquanto Lam Duan, outro elefante cego da reserva, arrebita as orelhas com Bach.
Barton, um britânico natural de Yorkshire que abandonou as salas de concertos nos anos 90, acredita que a música ajuda a calmar os elefantes, amenizando a velhice destes animais, que passaram anos de trabalhos forçados nas florestas da Tailândia ou foram vítimas de abusos.