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Mais um ano, mais um entrudo. Embora o Carnaval não tenha o encanto de outros tempos, e digo isto sem qualquer saudosismo pois nunca fui apreciadora desta época, lembro ainda assim, os bailes realizados em casa de amigos e familiares, os chamados assaltos, onde as casas eram invadidas por mascarados que tentavam não ser descobertos, arranjando os mais sofisticados disfarces.
Os tempos mudaram e hoje tenta-se imitar os costumes de outros lugares e que em Portugal não fazem qualquer sentido.
Desejo a todos que se divirtam e esqueçam por algumas horas o lado mais triste da vida; deixem cair as máscaras da indiferença, da maldade, da violência, da arrogância que usam o ano inteiro e, para os que apreciam, gozem o Carnaval de 2020.
Toda a gente sabe que os homens são brutos
Que deixam camas por fazer
E coisas por dizer
São muito pouco astutos, muito pouco astutos
Toda a gente sabe que os homens são brutos
Toda a gente sabe que os homens são feios
Deixam conversas por acabar
E roupa por apanhar
E vêm com rodeios, vêm com rodeios
Toda a gente sabe que os homens são feios
Mas os maridos das outras não
Porque os maridos das outras são
O arquétipo da perfeição
O pináculo da criação
Dóceis criaturas, de outra espécie qualquer
Que servem para fazer felizes
As amigas da mulher
E tudo que os homens não
Tudo que os homens não
Tudo que os homens não
Os maridos das outras são
Os maridos das outras são
Toda a gente sabe que os homens são lixo
Gostam de músicas que ninguém gosta
Nunca deixam a mesa posta
Abaixo de bicho, abaixo de bicho
Toda a gente sabe que os homens são lixo
Toda a gente sabe que os homens são animais
Que cheiram muito a vinho
E nunca sabem o caminho
Na, na, na, na, na, na, na, na, na
Toda a gente sabe que os homens são animais
Mas os maridos das outras não
Porque os maridos das outras são
O arquétipo da perfeição
O pináculo da criação
Amáveis criaturas, de outra espécie qualquer
Que servem para fazer felizes
As amigas da mulher
E tudo os que os homens não
Tudo que os homens não
Tudo que os homens não
Os maridos das outras são
Os maridos das outras são
Os maridos das outras são
Os maridos das outras são
Embalei um amor na vida
na frieza dos meus braços
entre espasmos e quimeras;
minha amada então perdi
foi o prazer do meu cansaço
foi a minha primavera.
Seu olhar rompeu a dor
deu mais vida à minha vida
deu-me alento ao coração;
até o céu choveu a cor
encontrei a luz perdida
e enganei a solidão.
Mas naquela madrugada,
minha cama, meu pensamento
estavam longe do seu corpo;
estava fria minha amada
estava perto o meu tormento
e o meu coração sem porto.
Fui-me embora ligeirinho
sem pensar em mais nada enquanto me despedia
segui o meu caminho
com a porta já fechada mas a dúvida persistia.
Eram rosas, eram cravos
ou apenas ilusão
esse amor onde me deito?!
é saudade qu’inda arrasto
no bater do coração
de um amor quase perfeito!