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Hoje, comemora-se o 60º aniversário do Hospital de S. João; a todos os que lá laboram (cerca de 6.000) a minha homenagem por todo o trabalho que estão a prestar a todos nós, sacrificando a saúde e a família para que a vida vá voltando ao normal.
VHILS, no seu mural no exterior, mostra alguns rostos do universo de todos os elementos, que trabalham no H.S.J.
AJUDEM-NOS A AJUDAR-NOS.
Desde a minha mais remota infância recordo o meu Porto na noite maior, S. João, com magotes de gente nas ruas, alegre e divertida, brincando com o típico alho porro e mais recentemente com o martelo, que por vezes nos cansa um pouco com o seu barulho intenso ao bater na cabeça. Aliada a tudo isto, em minha casa festejava-se com muita alegria pois a minha avó paterna fazia anos nesse dia; os convidados chegavam ao longo da tarde para a homenagearem, assistindo mais tarde ao fogo de artifício que, dada a situação privilegiada da casa, se via "de camarote".
Este ano tudo muda e o Porto, tal como Lisboa no Santo António, vai festejar o Santo de outra forma, igualmente sentida e devotada, tenho a certeza, mas com a alma cheia de angústia.
No ano que vem a festa e a alegria vão encher as ruas, com a nossa gente mais alegre e divertida do que nunca e sem o peso que a todos nos derruba.
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Nossa Senhora faz meia
Com linha feita de luz
O novelo é lua cheia
E as meias são p'ra Jesus
Quando a noite é escura e bela / Diz-se lá na minha aldeia
Que à janela duma estrela / Nossa Senhora faz meia
A rodar a dubadoura / Andam quatro anjinhos nus
Prendendo nossa Senhora / Com linha feita de luz
Jesus pequenino e loiro / Na linha todo se enleia
As quatro agulhas são d'oiro / O novelo é lua cheia
Dormem as coisas mais santas / Só a mãe santa produz
Faz serão até às tantas / E as meias são p'ra Jesus
Apesar dos tempos que atravessamos, lembremos este dia apelando ao seu poder divino para nos proteger e livrar da pandemia.