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Desde tempos imemoriais que a cor fascinava o homem. De início usava as matérias que tinha à mão, na natureza como o carvão e o barro como se pode observar na arte rupestre de Altamira. Foi no mundo natural que foi buscar as cores que usava na roupa e na decoração de casa, até meados do séc. XIX, altura em que a indústria começou a fabricar tintas sintéticas. A falta de fiabilidade dos tintos naturais foi a principal razão; não havia continuidade na cor, os tintos diferiam uns dos outros o que não acontecia com os sintéticos, bastava ligar de novo máquina para que tudo se resolvesse.
Até que os sintéticos invadissem o mundo da cor, tudo se passava de forma artesanal. Puras ou combinadas para conseguir tonalidades diferentes. O uso de plantas era uma forma, para produzir o indigo mas outras cores tinham origens que hoje nos parecem duvidosas e mesmo inusitadas, como o amarelo, que após a nossa expansão pelo mundo, foi trazida do Oriente, com origem na urina do gado que se alimentava apenas das folhas da mangueira. Muito antes, no Império Romano, quando as famílias reias se distinguiam dos restantes populares, usando uma faixa púrpura que debruava as vestes. O seu uso fez com que algumas espécies do bicho, um molusco das costas do Mediterrâneo, de onde era extraído, sendo uma das mercadorias mais caras que eram traficadas entre os povos.