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Embalei um amor na vida
na frieza dos meus braços
entre espasmos e quimeras;
minha amada então perdi
foi o prazer do meu cansaço
foi a minha primavera.
Seu olhar rompeu a dor
deu mais vida à minha vida
deu-me alento ao coração;
até o céu choveu a cor
encontrei a luz perdida
e enganei a solidão.
Mas naquela madrugada,
minha cama, meu pensamento
estavam longe do seu corpo;
estava fria minha amada
estava perto o meu tormento
e o meu coração sem porto.
Fui-me embora ligeirinho
sem pensar em mais nada enquanto me despedia
segui o meu caminho
com a porta já fechada mas a dúvida persistia.
Eram rosas, eram cravos
ou apenas ilusão
esse amor onde me deito?!
é saudade qu’inda arrasto
no bater do coração
de um amor quase perfeito!