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Um eco é um som repetido, reenviado por um corpo duro devido à reflexão das ondas sonoras e é também o nome de uma jovem ninfa grega cuja infeliz história vai variando consoante os relatores entre os quais Ovídio.
Percorrendo bosques e vales, Eco era conhecida por gostar sempre de ter a última palavra em qualquer conversa em que tomasse parte. Bem-falante, adorava ouvir-se e foi punida por Hera a ter sempre a última palavra, mas não por si escolhida. Foi condenada a apenas poder falar repetindo o que outros dissessem. Eco e Narciso tiveram uma nfeliz relação. Certo dia num passeio pelo bosque, Eco ao avistar Narciso seguiu-o; por sua vez, Narciso, suspeitando de uma presença perguntou: “quem está aí?”. E ouviu: “Alguém aí?” Então, gritou novamente: “Por que foges de mim?”. E ouviu “foges de mim”. Até dizer “Juntemo-nos aqui” e ter como resposta “juntemo-nos aqui”. Toda essa repetição acabou deixando Narciso angustiado por desejar amar algo que não poderia ver. Dessa forma, Narciso entristeceu-se e foi à beira de um lago, onde, de modo surpreendente, deparou-se com sua imagem nos reflexos da água. Como nunca antes havia se olhado, pois sua mãe foi recomendada a não permitir que isso ocorresse, enamorou-se perdidamente, acreditando ser a pessoa com quem estava “dialogando”. Por isso, tentou buscar incessantemente o seu reflexo, imergindo nas águas nesse intento, mas acabou morrendo afogado. A ninfa Eco sentiu-se culpada e transformou-se em um rochedo, vivendo a emitir os últimos sons que ouve. Do fundo da lagoa, surgiu a flor que recebeu o nome de Narciso e tem as suas características.