Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
O teatro surge na Grécia com o chamado “ditirambo”, um tipo de procissão informal que servia para homenagear o deus do vinho, Dionisio. Mais tarde o “ditirambo” evoluiu, tinha um coro formado por coreutas e pelo corifeu,que cantavam, dançavam, contavam histórias e mitos relacionados a Deus. A grande inovação deu-se quando se criou o diálogo entre coreutas e o corifeu. Cria-se assim a ação na história e surgem os primeiros textos teatrais.
Muitas das tragédias gregas foram escritas por Ésquilo, Sófocles e Eurípedes.
A principal obra de Ésquilo, Prometeu Acorrentado, contava factos sobre os deuses e os mitos; Sófocles escreveu Édipo Rei, que tratava as grandes figuras reais; Eurípides, As Troianas, falava dos renegados, dos vencidos e foi considerado o pai do drama.
Aristófanes e a Comédia, é considerado o maior representante da comédia antiga.
Muito se discute a origem do teatro grego e, consequentemente, das tragédias. A primeira versão argumenta que a tragédia, e o teatro, nasceram das celebrações e ritos a Dionísio, o deus campestre do vinho. Em tais festividades, as pessoas bebiam vinho até ficarem embriagadas, o que lhes permitia entrar em contato com o deus homenageado. Homens fantasiados de bodes (em grego, tragos) encenavam o mito de Dionísio e da dádiva dada por ele à humanidade, o vinho. Esta é a conceção mais aceite atualmente, pois explica o significado de tragédia com o bode, presente nas celebrações dionisíacas.
Outra versão relaciona o teatro com os mistérios de Eleusis, uma encenação anual do ciclo da vida, isto é, do nascimento, crescimento e morte. A semente era o ponto principal dos mistérios, pois a morte da semente representava o nascimento da árvore, que por sua vez traria novas sementes. A dramatização dos mistérios permitiria o desenvolvimento do teatro grego e da tragédia.
Uma outra conceção diz que o nascimento da tragédia, é de que o teatro nasceu como homenagem ao herói dório Adrausto, que permitiu o domínio dos dórios sobre os demais povos indo-europeus que habitavam a península. O teatro seria a dramatização pública da saga de Adrausto e seu triste fim.
A origem e evolução do teatro, conduz-nos a um denominador comum da tragédia: o métron de cada um. Parte da conceção grega do equilíbrio, harmonia e simetria, defende que cada pessoa tem um métron, uma medida ideal. Quando alguém ultrapassava seu métron, acima ou abaixo, estaria a tentar equiparar-se aos deuses e receberia por parte deles a "cegueira da razão". Uma vez cego, esse acabaria por vencer sua medida inúmeras vezes até que caísse em si, prestes a conhecer um destino do qual não pudesse escapar.
O teatro surgiu a partir do desenvolvimento do homem, através das suas necessidades. O homem primitivo era caçador e selvagem, por isso sentia necessidade de dominar a natureza. Assim, surgem invenções como o desenho e o teatro na sua forma mais primitiva. O teatro primitivo era uma espécie de danças dramáticas coletivas que abordavam as questões do dia a dia, um ritual de celebração, agradecimento ou perda. Estas pequenas evoluções deram-se com o passar de vários anos. Com o tempo, o homem passou a realizar rituais sagrados na tentativa de acalmar os efeitos da natureza, harmonizando-se com ela.
O Dia Mundial do Teatro é celebrado no dia 27 de Março e foi criado pelo Instituto Internacional do Teatro em 1961.
Shakespeare, Molière, e o nosso Gil Vicente, foram nomes grandes da dramatulurgia e teatro. Embora houvesse manifestações teatrais antes da noite de 7 para 8 de Junho de 1502, data da primeira representação do "Auto do Vaqueiro" ou "Auto da Visitação", nos aposentos da rainha D. Maria, mulher de D. Manuel, para celebrar o nascimento do príncipe, o futuro D. João III, esta representação é considerada como o marco de partida da história do teatro português, à qual assistiram além do rei e da rainha, D. Leonor, viúva de D. João II, e D. Beatriz, mãe do rei.
Com o surgimento da civilização egípcia os pequenos rituais tornaram-se grandes rituais formalizados e baseados em mitos. Cada mito conta como uma realidade. Os mitos possuíam regras, de acordo com o que propunha o estado e a religião, a história do mito em ação, ou seja, em movimento. Estes rituais propagavam as tradições e serviam para o divertimento e a honra dos nobres.
No século XIX havia uma preocupação obsessiva com a autenticidade de cenários, até mesmo cavalos vivos subiam ao palco. O desenvolvimento tecnológico modificou todo o aparato técnico que cercava o espetáculo, luzes, cenários, som e efeitos especiais diversos.
Entendia-se os recursos cénicos como meios para colocar o ator no foco das atenções e a iluminação como principal criadora de ambiência, num cenário vazio e abstrato. Os cenários tornaram-se cada vez mais detalhados e toda a tentativa de abstração ou simbolismo foi condenada, como expressão de formalismo burguês e vazio, algo bem comum na época.
Hoje em dia, entre adaptações de clássicos, textos originais ou peças escritas recentemente, pode esperar-se uma visão heterogénea daquilo que pode ser o teatro contemporâneo que se vai fazendo pelo País.
Soam as pancadas de Molière, o pano sobe e o sonho começa.
O interior do Comédie-Française em Paris, (França), onde se pode ver o palco, os camarotes, galerias e fosso da orquestra, a partir de uma aguarela do século XVIII.