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Quarta-feira, 17.08.16

Fonte das Sete Bicas

Vivendo hoje em dia na freguesia da Senhora da Hora, vou falar um pouco desta localidade, e em particular, da Fonte das Sete Bicas, considerando ser um ex-libris, provavelmente o mais mediático, pois outrora já serviu de mote a uma cantiga popular muito conhecida. O seu brasão é constituído por um escudo em prata, uma grinalda de folhas, uma coroa de prata com quatro torres, uma bandeira verde e branca com cordão e borlas de prata e verde. O verde simboliza a verdura dos campos de outrora, a prata a abundância e prosperidade. Na Quinta-feira da Ascensão, dia da festa da padroeira, as raparigas bebiam água da fonte que, segundo a lenda, lhes garantia para breve o casamento. A fonte tem um alçado com sete bicas dispostas em faixa, donde corre água. Foi construída em 1893 sem quaisquer caraterísticas arquitetónicas, sendo, no entanto, um local de culto aquífero.

No recinto em frente à capela, no dia da festa, os feirantes erguiam as suas improvisadas tendas a par das diversões usuais nas romarias.

Matosinhos foi um concelho rural até finais do séc. XIX, com prática e vivência agrícolas, envolvendo toda a população; as sementeiras, as vindimas, as feiras agrícolas, as desfolhadas ou a espadelada do linho, assinalavam as várias épocas do ano. Da mesma forma, a ordenha das vacas, as regas, a confeção das alfaias agrícolas ou o levar dos animais ao pasto, marcou o dia-a-dia do concelho durante séculos.

Todos estes trabalhos são preservados e incentivados, desde os anos 80, pelo Rancho Folclórico Paroquial do Padrão da Légua. Um programa elaborado em torno do milho (do cultivo à confecção de pão), permitiu um levantamento exaustivo das diferentes fases do trabalho, das tradições associadas a esta prática agrícola, e uma significativa recolha de alfaias e de outros elementos da faina agrícola, o que constitui o Museu Vivo do Linho e do Trigo.

Sediado nas instalações do Laboratório do Instituto Geológico e Mineiro, situa-se um espaço museológico, apresentando uma das melhores e mais representativas coleções nacionais das principais jazidas minerais portuguesas. Da pirite alentejana ao volfrâmio da Panasqueira, passando por muitos outros jazigos minerais, como o ouro de Jales ou o urânio da Urgeiriça, este museu presta uma particular atenção à vizinha exploração de Caulino da Senhora da Hora, que outrora lá existiu.

Além dos exemplares de minerais, este espaço museológico apresenta também alguns achados arqueológicos, Parque de Jogos Manuel Pinto de Azevedo e Centro Cultural (também conhecido por Físicos) testemunhos da atividade mineira no nosso País, através dos tempos e criado pela tão prestigiosa Empresa Fabril de Norte.  Em 1992 foi inaugurado o Centro Cultural da Senhora da Hora com remodelação das suas instalações degradadas, com prática de manutenção física, aulas de ginástica, ballet, karaté. Posteriormente a Junta de Freguesia remodelou o complexo desportivo, dotando-o com campos de ténis, balneários de apoio, um sistema de aquecimento de água; esses melhoramentos foram inaugurados em 28 de Outubro de 1989. Em Maio de 1992 foi inaugurado o atual Centro Cultural da Senhora da Hora.

 

 

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