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Quinta-feira, 22.12.16

Palácio dos Carrancas


A  oficina de fabrico de galões de ouro e seda  e o palácio da família Moraes e Castro, prósperos negociantes com a alcunha carrancas,  foram contruídos no séc. XVIII. A sua arquitetura é da autoria de Joaquim da Costa Lima Sampaio, que trabalhou na construção do Hospital de Santo António . É constituído por quatro zonas essenciais, a zona nobre em forma de U, com três pisos e águas furtadas; as galerias de um único piso que prolongam o palácio e são ligadas por uma outra transversal, o pátio central fechado, e um espaço nas traseiras delimitado pelo muro paralelo à fachada.
Não são  conhecidas as razões da extravagante denominação do palácio, que, segundo alguns autores, resulta do facto da família ter anteriormente residido na Rua do Carranca ou dos Carrancas, actual Rua de Alberto Aires de Gouveia, enquanto outros apontam o facto para deriva da alcunha que tinha sido atribuída a Luís de Almeida Morais, e que teria passado para os restantes membros da família. O Palácio dos Carrancas está associado a alguns dos mais relevantes acontecimentos políticos registados na cidade do Porto durante a primeira metade do século XIX. Aquando da segunda invasão napoleónica, serviu de quartel-general a Soult,
Alguns anos mais tarde, no período da guerra civil entre liberais e absolutistas (1832-34), nomeadamente durante o cerco do Porto, o palácio serviu durante algum tempo de residência e quartel-general a D. Pedro IV, que foi obrigado a transferir-se para uma casa na Rua de Cedofeita, situada num local mais seguro, e que lhe permitia refugiar-se da metralha com que, a partir de Vila Nova de Gaia, os miguelistas flagelavam a cidade.
D, Pedro V adquiriu-o, em 1861 para alojar os reis que visitavam o país. Apesar do edifício necessitar de obras, não teve grandes alterações, com exceção das instalações da antiga fábrica.
Quando não havia visitas reais, o palácio estava vazio, situação que se agravou com a implementação da república em 1910.
Em 1915, por testamento, D. Manuel II entregou o palácio à Santa Casa da Misericórdia para que se transformasse em hospital. Mais tarde o estado comprou o edifício à misericórdia para aí instalar o Museu Nacional de Soares dos Reis, inaugurado em 1942.
O museu sofre uma profunda remodelação e expande-se em 1992, com projeto do arquiteto Fernando Távora, que se concluiu em 2011.
Hoje em dia o museu tem uma participação ativa na vida cultural do Porto, com inúmeras exposições e eventos diversos.

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