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O pão de ló também chamado de bolo esponjoso, foi criado pelo cozinheiro genovês Giovani Battista Cabona cuja receita original, levava ovos, açúcar e farinha de trigo sem fermento ou xarope.
Sendo um dos bolos mais tradicionais de Portugal, e como a maioria da doçaria portuguesa, tem origem nos conventos. Diz a tradição que a receita pertencia às freiras do Convento de Coz que ensinaram as técnicas do seu preparo a uma família de Alfeizerão.
Na Itália, o doce chama-se Pan di Spagna, em homenagem ao rei Fernando VI de Espanha.
Existem versões modificadas da receita de pão de ló que se tornaram símbolos dessas regiões, como o de Alfeizerão, o de Ovar, o de Margaride e o de Arouca.
Em Inglaterra e noutros países de língua inglesa, o mais parecido com o nosso bolo é o sponge cake.
Os primeiros portugueses que chegaram ao Japão no século XVI, levaram a receita de pão de Castela que se tornou num dos doces mais típicos, o Kasutera. O fabrico, até ao final daquele século, era artesanal; a massa era batida à mão durante duas horas em alguidares de barro vermelho com uma pá de madeira, e cozido, em formas também de barro forradas com papel de linho branco, em fornos de lenha aquecidos com pinhas ou ramos secos. Para testar a temperatura do forno, era utilizada uma vara comprida, levando na extremidade uma tira de papel de linho branco, devendo permanecer no interior do forno durante o tempo de orar um pai nosso, para invocar uma boa cozedura. Era tradição que as pessoas da vila fornecessem ovos, açúcar e farinha de trigo, levando para si as claras restantes e pagando o chamado feitio de fabrico. Para o transporte, eram utilizados cestos ou tabuleiros utilizados exclusivamente para esse fim, guarnecidos por panos de linho bordados.
Sejam quais forem as suas origens e fabrico, estará sempre presente na mesa da maioria das famílias. Bom apetite.